‘Entrei em desespero’, diz mãe que encontrou rato morto em fralda de bebê no Rio
Mariana Sobral suspeita de problema em fabricação da peça; polícia abriu uma investigação e recolheu o material para perícia
Rio de Janeiro|Bruna Oliveira, do R7

Choque e desespero. Estas foram as reações de Mariana Sobral ao trocar o seu bebê e encontrar um filhote de rato morto na fralda da criança. Ela contou que o caso aconteceu no último dia 20, no Rio de Janeiro, e fez uma denúncia para a polícia.
Mariana contou em entrevista ao R7 que havia colocado a fralda no filho durante a madrugada, com a luz do quarto apagada para não acordar a criança, e não percebeu nada de estranho.
Pela manhã, ao trocar o bebê, que estava com um mês e 24 dias, notou algo diferente prensado entre o forro de algodão e o gel absorvente da peça. Inicialmente, ela pensou que seriam fezes, mas viu que o neném não estava sujo.
“Quando peguei para analisar mesmo, mais de perto, aí vi que tinha um focinho. Na lateral, tinham gotinhas vermelhas que pareciam sangue. Entrei em desespero quando vi isso. E falei: ‘isso é um rato’”, disse.
A mãe, desesperada, higienizou rapidamente o filho. Ela imediatamente entrou em contato com a fabricante da fralda e o pediatra do menino. A criança ficou sob observação, e não apresentou reações.
Formada em biomedicina e mestre e doutora em Vigilância Sanitária, Mariana afirmou que jamais imaginou que essa situação pudesse acontecer.
“Ele foi exposto a um filhote de rato. Se havia um filhote, a mãe também estava ali. Então, tem urina, fezes de rato. Quais as condições desse processo de fabricação dessa fralda? O meu filho poderia estar exposto a várias bactérias. Nessa hora comecei a pensar como profissional de saúde também”.
Em conversa por telefone e mensagens com a mãe, a marca solicitou a fralda para uma análise técnica e deu duas opções: um novo pacote do produto ou reembolso.
No entanto, ela decidiu registrar o caso na Delegacia do Consumidor. A fralda foi entregue para a perícia analisar se, de fato, havia um rato morto presente no material. O laudo deve sair em duas semanas.
A Polícia Civil abriu uma investigação e pretender ouvir os responsáveis pela empresa fabricante.
Após a repercussão da história, Mariana disse que tem recebido muito apoio, mas também alguns comentários negativos.
“Só quem é mãe sabe. Cansada, 3h30, com privação de sono, tendo que trocar um bebê no escuro. Mãe nenhuma gostaria de ver um rato na fralda do filho. Se eu tivesse visto durante o dia, o meu filho não teria usado essa fralda de jeito nenhum. Mas isso não mudaria o fato de ter um rato na fralda”.
Mariana afirmou que decidiu fazer o alerta para ajudar outras crianças que possam ter sido expostas ao mesmo caso:
“Como mãe, estou tranquila porque meu filho está bem, mas, como profissional de saúde, entendendo os riscos que ele correu [...] Se no meu pacote tinha um rato, o que não poderia ter em outros do mesmo lote? O que eu queria nesse momento com o meu relato é alertar outras mães. Estou me culpando muito por não ter percebido. Esse meu alerta é porque outras crianças podem ter alergia ou irritação, e a mãe associar ao material da fralda, mas pode não necessariamente ser isso. Mas, sim, com o que aquela fralda entrou em contato”.
Em nota, a empresa Softys, responsável pela produção da fralda Babysec, se manifestou sobre o caso e negou que o problema tenha ocorrido em suas instalações:
“Reforçamos que todos nossos produtos am por um rigoroso controle de qualidade, seguindo normas e padrões nacionais e internacionais de segurança e higiene. Temos a rastreabilidade de toda a cadeia, desde o recebimento da matéria-prima até a chegada do produto final no ponto de venda, razão pela qual descartamos que um evento desta natureza tenha ocorrido em nossas instalações. A empresa confirma seu compromisso com a segurança, a transparência e o respeito aos consumidores que confiam em seus produtos”.
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