‘Wangyu’: conheça os novos trajes espaciais da China para a corrida de volta à Lua
País divulgou nome dos equipamentos que auxiliarão a colocar seus astronautas em território lunar até 2030
Internacional|Do R7

A Agência Espacial Tripulada da China (CMSA) divulgou nesta quarta-feira (12) os nomes dos equipamentos que auxiliarão os astronautas do país nas futuras missões de exploração na Lua.
O traje espacial de pouso foi batizado de “Wangyu”, que significa “contemplar o cosmos”. Já o rover lunar tripulado receberá o nome de “Tansuo”, que significa “explorar o desconhecido”.
Os nomes foram escolhidos entre cerca de nove mil sugestões enviadas pelo público chinês, segundo a Xinhua, a agência estatal de notícias do país.
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Tanto os trajes espaciais quanto o veículo lunar já haviam sido divulgados pela China em setembro do ano ado. A divulgação ocorreu na esteira do anúncio, feito cinco meses antes, de que o país estava a caminho de colocar seus astronautas na Lua até 2030.
Novos trajes e veículo de exploração
Segundo a Xinhua, o traje Wangyu protege contra grandes variações de temperatura, radiação solar intensa e poeira lunar. O equipamento também se destaca pela leveza e flexibilidade, o que deve facilitar o movimento dos astronautas, que poderão pegar objetos e subir escadas com mais facilidade.
O capacete que acompanha o traje conta com câmeras embutidas e viseiras antirreflexo para ajudar a lidar com a luz extrema solar.
Enquanto isso, o Tansuo deve desempenhar um papel essencial na mobilidade e na exploração científica da superfície lunar. O rover contará com sistemas de direção, e de posicionamento, assistência de segurança e ferramentas para ajudar na comunicação e nas pesquisas.
A corrida chinesa para a Lua
O programa espacial chinês avança em ritmo acelerado. A China já possui uma estação espacial própria, a Tiangong, e acumula sucessos na exploração lunar, como o pouso histórico no lado oculto da Lua em 2019. Desde então, o país tem testado tecnologias cruciais para futuras missões tripuladas.
O plano para o pouso na Lua envolve o lançamento de dois foguetes transportadores: um para levar o módulo lunar e outro para a espaçonave tripulada. Em órbita lunar, os dois veículos se encontrarão e atracarão um no outro antes da descida dos astronautas à superfície. Lá, eles utilizarão o Tansuo para exploração científica.
O país ainda planeja construir uma base no polo sul lunar, onde há presença de água congelada em crateras sombreadas. A região, inclusive, também é muito visada pelos Estados Unidos, que prometeram enviar astronautas da missão Ártemis III ao local até o ano que vem.