Entidades manifestam preocupação com suspensão de contratações no Plano Safra
Carta do setor produtivo nacional apoia parlamentares na construção de solução dentro do Orçamento de 2025
Brasília|Rute Moraes, do R7, em Brasília

Entidades do agronegócio brasileiro publicaram, nesta terça-feira (25), uma carta manifestando preocupação com a suspensão de novas contratações de financiamentos subvencionados pelo Plano Safra 2024/2025.
O documento, assinado por 50 associações do setor produtivo alega que a ação do Tesouro Nacional “expôs a urgência de aprimoramentos estruturais para assegurar recursos suficientes para o setor”. Mais cedo, membros do setor estiveram reunidos com integrantes da FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária).
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“A previsibilidade e as condições dos recursos do Plano Safra são essenciais para o planejamento das atividades agropecuárias. A interrupção inesperada das linhas de financiamento gera incertezas que impactam negativamente na produção e na economia do país”, defendeu as entidades em nota.
Eles alegaram que é importante que o Plano Safra tenha recursos para atender às necessidades de pequenos, médios e grandes produtores. Além disso, que os recursos precisam estar à altura da importância do agronegócio brasileiro.
“A escassez de crédito ou a oferta com juros elevados inviabilizam investimentos fundamentais para a modernização e sustentabilidade do setor”, continuaram.
O grupo ainda defendeu que a construção do Plano Safra 2025/2026 precisa começar com antecedência e contar com a participação dos setores do agronegócio. “O novo plano precisa estar alinhado ao tamanho e às demandas do agro brasileiro, incorporando políticas que estimulem a inovação, a sustentabilidade e a ampliação dos mercados”, argumentaram.
As entidades ainda destacaram a atuação da FPA, atribuindo à bancada a edição, por parte do governo federal, de uma medida provisória que abre crédito que R$ 4,1 bilhões para o Plano Safra.
Essa foi a solução encontrada pelo Palácio do Planalto para atender as linhas de crédito subsidiado do Plano Safra, com taxas de juros equalizadas pelo Tesouro. O Congresso agora precisa analisar a medida, que tem validade de 120 dias.
“A cooperação entre governo, parlamento e entidades representativas é essencial para garantir que o setor agropecuário continue sendo um dos pilares da economia nacional e um dos principais responsáveis pela segurança alimentar. Estamos comprometidos em colaborar na formulação de políticas que fortaleçam o agro e promovam o desenvolvimento sustentável do Brasil”, finalizaram as entidades.