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R7 Brasília

Braga Netto estava jogando vôlei e recebeu com ‘surpresa’ atos de 8/1, diz testemunha ao STF

Segundo o coronel Waldo Manuel, esperava-se que a manifestação ocorresse, mas não os atos de depredação e violência

Brasília|Edis Peres e Rafaela Soares, do R7, em Brasília

Braga Netto estaria jogando vôlei durante atos do 8/1, diz testemunha Isac Nóbrega/PR - 03/04/2020

O coronel Waldo Manuel de Oliveira Aires, testemunha de defesa do general Walter Braga Netto, afirmou que o ex-ministro da Defesa do governo Jair Bolsonaro estava jogando vôlei no dia 8 de janeiro de 2023 e recebeu com “surpresa” as informações sobre os atos de vandalismo na Esplanada dos Ministérios.

O militar é uma das testemunhas ouvidas pelo STF (Supremo Tribunal Federal), no processo do chamado núcleo 1 dos acusados pela tentativa de golpe de Estado.

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Segundo Aires, esperava-se que a manifestação ocorresse, mas não os atos de depredação do patrimônio público e violência. “Até porque, pelo histórico que temos de manifestações conservadoras, são manifestações pacíficas. A reação do general Braga Netto foi de surpresa. Jamais se esperava que uma manifestação conservadora terminasse da forma que terminou”, completou.

A testemunha também afirmou não se lembrar de ter defendido o uso do artigo 142 da Constituição em postagens nas redes sociais. Quando questionado se o artigo seria suficiente para justificar uma intervenção, respondeu: “Desde que autorizado pelo Conselho da República e aprovado pelo Congresso Nacional, talvez fosse.”


Além disso, confirmou que não costumava falar sobre política com o ex-candidato a vice-presidente da chapa de Jair Bolsonaro.

“Sempre evitei conversar com o general Braga Netto sobre assuntos políticos, porque sabia que ele estava diretamente envolvido com isso. Não queria que, no relacionamento pessoal, tocássemos nesses assuntos”, completou.


Ramagem

Ainda na manhã desta sexta-feira, o ministro Alexandre de Moraes também ouviu Carlos Afonso Gonçalves Gomes Coelho, que trabalhava na Abin (Agência Brasileira de Inteligência) durante a gestão de Alexandre Ramagem. A testemunha faz parte da defesa do atual deputado federal.

No depoimento, Coelho afirmou que as verificações mostraram que não havia “indicativo de irregularidades ou ilegalidades” nas urnas eletrônicas. “Fiz o meu despacho indiciando a regularidade documental”. Além disso, afirmou que Ramagem encaminhou os documentos para a corregedoria para apuração de “dúvidas sobre o sistema’.


Ele afirmou também que o ambiente de trabalho era “absolutamente respeitoso”. “Da mesma maneira que eu respeitava, eu era respeitado. Cada um teve uma experiências distinta, a minha foi de respeito”, concluiu.

Outras testemunhas

O STF ainda deve ouvir outras testemunhas no período da tarde desta sexta. São elas:

  • Hamilton Mourão, general, senador, ex-vice-presidente, indicado pelo general Augusto Heleno e também por Bolsonaro, Paulo Sérgio, Braga Netto;
  • Alex D’alosso Minussi, coronel;
  • Gustavo Suarez da Silva, coronel, ex-GSI;
  • Comandante da Marinha, Sampaio Olsen, testemunha de Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  • Aldo Rebelo.

Próximos os

As oitivas no STF prosseguem até 2 de junho, com previsão de 82 testemunhas a serem ouvidas. Após essa etapa, o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, definirá a data para os interrogatórios dos réus. O julgamento final está previsto para ocorrer entre setembro e outubro deste ano.

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